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terça-feira, 26 de julho de 2011

O Dilúvio Original – Meu Nome Não é Noé


Um homem é orientado por deus a construir um barco, pois um grande dilúvio iria acabar com o mundo conhecido.

Deus fala diretamente a ele, explicando que o dilúvio era motivado pela corrupção humana. Uma balburdia tão imensa que chegou a porta do céu, incomodando a quem lá morasse.

Este homem foi escolhido por sua sabedoria e bondade.

Era o protegido de deus.

O todo poderoso pediu ao escolhido que levasse sua família e a semente de todas as criaturas vivas para o barco (FIG.1). 




Qual o nome deste homem?

Errou! Não é Noé! Seu nome é Ziusudra (sumérios), o *Homem de Shurrupak/Shuruppak, Filho de Ubara-Tutu, ou Utnapishtim (babilônicos).

Os fatos descritos acima estão em um livro chamado Epopéia de Gilgamesh, considerado uma das histórias mais antigas criadas pelo gênio humano. Não há como datar a origem desta história (alguns estudiosos falam de 3000-2500 a.C.), pois foi difundida oralmente, e em VIII a.C. escrita em tábuas de argilas, que foram encontradas incompletas, como veremos abaixo.

No século XIX, foi descoberta a antiga cidade de Nínive, onde estava instalada a biblioteca do grande rei dos Assírios, Assurbanipal. Neste momento a civilização ocidental redescobriu as grandes civilizações Mesopotâmicas, e suas tradições. Tal biblioteca apontava para outros locais como Ur, Uruk, Nipur e Shurrupak.

A Epopéia de Gilgamesh foi localizada junto à biblioteca de Assurbanipal, em forma de tábuas de argila (citado anteriormente) e escrita cuneiforme ou acádia. As primeiras traduções das tábuas incompletas foram feitas pelo arqueólogo George Smith, que logo após publicou suas descobertas. Para sorte de nossos contemporâneos a tábua em melhor estado era a do grande dilúvio (FIG.2).



Imaginem o susto quando a sociedade fortemente cristã da época recebeu a notícia de que a história do dilúvio, na Genesis hebraica, era de origem suméria e não celestial, ou seja, que a história era de inspiração humana. O pior é que segundo as tradições sumérias, outros deuses lançaram o famoso dilúvio sobre a humanidade (em breve citarei o nome destes deuses).

As coincidências entre Gilgamesh e a Bíblia vão mais além, como: a criação do homem através do barro em ambiente puro compartilhado com animais selvagens, a perda da inocência através da sedução e as muitas passagens diluvianas.

O plágio se torna mais evidente lendo Neemias 9:7, que diz, Tu és o SENHOR, o Deus, que elegeste a Abrão, e o tiraste de Ur dos caldeus, e lhe puseste por nome Abraão. Este versículo comprova a naturalidade de Abraão, e qualquer pessoa inteligente irá observar que é óbvio que este, saindo da mesopotâmia, levou as tradições orais da região, e com o passar do tempo elas foram deturpadas e adaptadas a filosofia judaica.

Conforme o prometido no parágrafo seis, revelo o nome do deus que falou a Ziusudra, sendo equivalente ao deus judaico-cristão. Este deus, que salvou a raça humana e os animais chama-se Ea (Sumério) ou Enki (babilônico). Era o deus da água doce e da sabedoria, patrono das artes e um dos criadores da humanidade, em relação à qual ele geralmente demonstra boa vontade. O deus principal de Eridu (cidade antiga localizada a 11,2 quilômetros a sudoeste de Ur, hoje conhecida como Tell Abu Shahrain no Governador Dhi Qar, no Iraque.), onde tinha um templo, vivia "nas profundezas". Ele era provavelmente filho de Anu (pai dos deuses e deus do firmamento).

Uma observação, o tetragrama, verdadeiro nome de deus, YHWH, tornar-se-ia impronunciável em nossa língua caso não tivesse a inclusão de duas vogais, que são E e A, equivalente ao deus sumério que salvou a humanidade. Será que existe algo por trás disto?

Causa-me espanto saber que a maioria das pessoas (principalmente cristãos), jamais tenham lido ou ouvido falar do exposto neste blog, por outro lado é interessante que esta parte da verdade seja ocultada, pois estes textos sumérios, de profunda sabedoria, foram a inspiração dos escritores bíblicos, demonstrando que a “gritada” inspiração “divina” é muito mais humana do que a pregada.

Ficam duas perguntas: quem inspirou os sumérios? O dilúvio existiu?

André de Pierre, 30 anos
Escritor e pequisador

7 comentários:

  1. Parabéns pelo seu blog. Descobri através de um link do ocioso, e traz informações muito interessasntes e abrangentes, que nos faz pensar e refletir um tanto acerca destes assuntos. Continue atualizando, e sucesso!

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  2. belo poster,muito boa as informações. que DEUS te abençoe. visite meu blog tbm http://prjoseiadrn.blogspot.com
    tudo sobre arqueologia biblica

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  3. Achei muito interessante o post.

    É evidente que o judaísmo, catolicismo, cristianismo, etc, não são os únicos a falarem sobre Deus e Sua existência. Muitos tem falado, assim como foi dito no seu blog que antes do judaísmo, já existiam outras religiões, e que os cristãos não sabem disso e por aí vai, porém a bíblia é muito transparente quanto a isso, dando-nos orientações de outros povos, deuses e crenças além das que vemos hoje em dia. Aliás, não creio que Deus queira que O busquemos por meio de uma religião, senão Ele diria a Adão e Eva, ou qual tenha sido o nome de nossos ancestrais, não importa o nome que eles sejam chamados, pois muda de cultura para cultura, pois vc deve saber melhor do que eu. Quero comentar outra questão levantada no seu post com respeito ao tetragrama, que sem vogal, torna impossível a sua pronúncia, você citou as vogais E e A, porém esqueceu-se que para a pronúncia do tetragrama deve se acrescentar mais uma vogal.

    Apesar de divergirmos em alguns aspectos, acho muito bom seu blog.

    Abçs.

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  4. muito bom seu blog!!! Parabéns por compartilhar seu conhecimentos com todos ! Adoro esse tipo de leitura. Dá uma olhada também no meu é rascunhos do adnilson. blogspot.com. OK !!!

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  5. O dilúvio realmente existiu?

    Bem,sim e não.É sabido que estórias de dilúvio estão por toda parte,em todos os livros sagrados de todas as religiões.Mas esse fato não indica que houve um grande dilúvio planetário como se supõe.Em épocas tão primitvas não se tinha noção de distância ou profundidade como se tem hoje,nem as medidas de comprimento eram iguais,no máximo usava-se palmos e covados para se medir algo,ou talves alguma medida mais primitiva.Sabendo desse detalhe,naquela época,distâncias hoje facilmente vencidas por avião ou até mesmo de trem,eram consideradas enormes para os povos de então.Montanhas eram tidas como moradas dos deuses onde o céu era uma abóboda e a terra era um prato,salvo civilizações mais avançadas que tinham conhecimento astronômico avançado,a grande maioria da humanidade tinha conhecimentos muito rasos sobre a natureza,por isso as lendas para explicar o que viam ou o que não compreendiam direito.Muito provavelmente os dilúvios aconteceram em lugares circunscritos em diferentes épocas,em diferentes povos e lugares.Para o homem primitivo daquela época,que só tinha com transporte o seu camelo ou cavalo ou ainda sim,suas próprias canelas,era como se fosse o dilúvio do mundo todo,ou seja,o seu mundo,onde seus ancestrais viveram e morreram.As lendas do dilúvio são reais porém relativas ao estado de evolução de cada tribo,orda ou civilização.
    Um exemplo bastante interessante é uma lenda contada pelos ìndios amazônicos,sobre um velho índio chamado Tamandaré(o repovoador)que ouvindo os conselhos de Tupã,criou uma canoa gigante,salvando os sobreviventes das tribos da Amazônia de um terível dilúvio que inundou toda a floresta em um tempo s muito esquecido.

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  6. O Dilúvio existiu Sim. Há 12.000 anos atrás na Era Glacial o nível dos mares era mais baixo do que o atual e a extensão dos pólos era bem maior do que hoje em dia. Quando a Era Glacial terminou, o gelo que cobria uma grande extensão no mundo derreteu, o nível dos mares aumentou, várias cidades foram submersas, alguns sobreviventes escaparam, narraram os relatos da inundação e esses relatos foram incorporados em várias religiões e na história de vários povos. Há relatos sobre essa inundação em todo o mundo. Os Sumérios e vários outros povos antigos falam sobre essa inundação. Na bíblia essa inundação foi narrada como o dilúvio. Haviam civilizações avançadas nessa época que deixaram como legado inúmeras construções, algumas delas submersas tais como a Estrada de Bimini, as ruínas de Yonaguni no Japão, Nan Madol na Ilha de Pohnpei na Micronésia,...

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  7. Olá André, sou um pesquisador e me intitulo autonômo/autodidata. Gostaria de deixar se permitir, minha observação:

    Primeiro gostaria de dizer que assino TUDO que colocou no seu texto.

    Quando tu deixa o seguinte:
    "Ficam duas perguntas: quem inspirou os sumérios?
    Nas minhas pesquisas encontrei informações de que "ANU" incumbiu "INANNA" de escrever/relatar TUDO o que acontecia na TERRA. ENKI e ENLIL ficaram sabendo disso, e passaram a influenciar INNANA para colocar seus "FEITOS" nesses ESCRITOS. E pesquisando no PAP+EL intitulado de inspirado, eu consigo enxergar falando sobre DOIS e em alguns momentos, em até TRES, onde identifico como sendo ANU, ENKI e ENLIL, por exemplo: ENKI diz que seja esse a diferença entre NÓS e os humanos (a pele alongada conhecida com BICO de LAMPARINA), mas, já ENLIL manda CORTAR essa pele em uma situação de PACTO para os que queriam segui-lo como seu intitulado 'deus'.

    Dentre várias, tem também o intitulado 'deus' ENKI, mandando o povo construir OBELÍSCOS em um PACTO de seu poder e fecundidade, já ENLIL, manda destruir todos os OBELÍSCOS. INANNA tinha respeito (melhor dizendo MEDO) dos DOIS (ENKI e ENLIL), e ela foi colocando na ESCRITA o que eles determinavam, lógico, longe do saber de "ANU".

    O dilúvio existiu? Realmente complicado afirmar, pois, existiram vários CATACLISMOS durante a existência e em pontos isolados como o de maior evidência, o da SUMÉRIA.

    Gostaria de deixar sobre um outro personagem pouco falado na 'h'istória que foi "ALALU", esse foi o PRIMEIRO a chegar aqui, ENKI foi o primeiro da família de "ANU", QUE SEGUNDO as informações, ERA servo de "ALALU" em "DUK/DUKU". E que para variar, "ALALU" foi TRAÍDO pelo seu SERVO, "ANU".

    Obs.: lembrando também que SODOMA e GOMORRA, também é contado nas PLACAS CUNEIFORMES SUMERIANAS, e o quê o PAP+EL nos diz ???

    Concordo contigo . . . E o que eu sempre venho dizendo: O PAP+EL é um PLÁGIO !!!

    Abraço.

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