quinta-feira, 21 de junho de 2012

O Mistério da Pedra da Gávea


Entre os bairros da Barra da Tijuca e São Conrado, no Rio de Janeiro, e a 842 metros acima do nível do mar, existe uma lendária montanha com a face de um gigante desconhecido que encanta as pessoas que passam por ela com os seus mistérios.

Seu nome Gávea, remonta à época do descobrimento, quando os portugueses que aqui chegaram notaram que ela era um observatório perfeito das caravelas que chegavam, e reconheceram em sua silhueta o formato de um cesto de gávea..
Sua face parece uma figura esculpida, e existem inscrições antigas em um de seus lados. Sua origem é objeto de discussão há anos, mas ninguém pode provar quem as fez e por que.

O monólito, cujo ponto culminante situa-se na Barra da Tijuca, estendendo-se pelos bairros do Joá, do Itanhangá e de São Conrado, Rio de Janeiro. Com topo de granito subindo 842 metros acima do nível do mar, é o maior bloco de pedra a beira mar do planeta.
Conhecida como uma esfinge de histórias contraditórias, desperta admiração pela imponência e mistério. É um dos pontos extremos do parque da Floresta da Tijuca e um dos mirantes mais espetaculares.



 A Teoria da Tumba Fenícia

     Segundo um artigo escrito em 1956, em 1946 o Centro de Excursionismo Brasileiro conquistou a orelha direita da cabeça, a qual está localizada a uma inclinação de 80 graus do chão e em lugar muito difícil de chegar. Qualquer erro e seria uma queda fatal de 20 metros de altura para todos os exploradores. Esta primeira escalada no lado oeste, apesar de quase vertical, foi feita virtualmente a "unha". Ali, na orelha, há a entrada para uma gruta que leva a uma longa e estreita caverna interna que vai até ao outro lado da pedra.
Após o primeiro relatório, ninguém voltou a falar oficialmente sobre a Pedra até 1931, quando um grupo de excursionistas formou uma expedição para achar a tumba de um rei fenício que subiu ao trono em 856 A.C. Algumas escavações amadoras foram feitas sem sucesso. Dois anos depois, em 1933, um grupo de escaladas do Rio de Janeiro organizou uma expedição gigantesca com 85 membros, o qual teve a participação do professor Alfredo dos Anjos, um historiador que deu uma palestra "in loco" sobre a "Cabeça do Imperador" e suas origens.
Em 20 de janeiro de 1937, este mesmo clube organizou outra expedição, desta vez com um número ainda maior de participantes, com o objetivo de explorar a face e os olhos da cabeça até o topo, usando cordas.

        Em 1972, escaladores da Equipe Neblina escalaram o "Paredão do Escaravelho" - a parede do lado leste da cabeça - e cruzaram com as inscrições que estão a 30 metros abaixo do topo, em lugar de acesso muito difícil. Apesar de o Rio possuir uma taxa anual de chuvas muito alta, as inscrições ainda conservavam-se quase intactas.

Em 1963 um arqueólogo e professor de habilidade científica, chamado Bernardo A. Silva Ramos traduziu-as como:



LAABHTEJBARRIZDABNAISINEOFRUZT

Que lidas ao contrário:

TZUR FOENISIAN BADZIR RAB JETHBAAL

Ou:

TIRO, FENÍCIA, BADEZIR PRIMOGÊNITO DE JETHBAAL

  Robert Frank Marx, um arqueólogo americano interessado em descobrir provas de navegantes pré-colombianos no Brasil, começou em outubro de 1982, uma série de mergulhos na Baía de Guanabara. Ele queria achar um navio fenício afundado e provar que a costa do Brasil foi, em épocas remotas, visitada por civilizações orientais. Apesar de não achar tal embarcação, três vasos foram encontrados. Um permaneceu com José Roberto Teixeira, o mergulhador que encontrou os vasos, e os outros dois foram para a Marinha. As peças com capacidade para armazenar 36 litros, estão sob a guarda do governo brasileiro em uma localidade desconhecida.




Lendas sob a rocha

Outros fatos estranhos que rondam a Esfinge são as estranhas aparições de luzes. Algumas pessoas também dizem ter avistado seres estranhos – talvez guardiões da esfinge ou extraterrestres -. Tem o caso de dois mergulhadores que ao explorar uma caverna submarina no sopé da montanha perderam o sentido e foram parar no alto da Pedra da Gávea. O certo é que algo muito misterioso ronda aquela Pedra e certamente nos traz uma série de indagações. Poderia ser a Pedra da Gávea um túmulo fenício?
Há teorias que falam de um mundo subterrâneo de Agartha, cuja capital seria Shambala. Uma das entradas desse mundo, no Brasil, estaria na Pedra da Gávea. Outra entrada estaria em Sete Cidades, no Piauí, e haveria uma terceira na Serra do Roncador. Dizem que alpinistas viram estranhas luzes esverdeadas no local em que estaria o portal desse mundo desconhecido. As duas entradas principais seriam nos polos norte e sul da Terra. Mas isso é assunto para ser pesquisado.


Se a arqueologia não confirma a tese dos fenícios e tampouco a descarta, a geologia é mais categórica: as medições realizadas com o GPR pelos geofísicos da UFRJ, no dia 28 de julho, não apontaram qualquer reentrância atrás do portal. O diagnóstico também é desanimador para quem esperava um túnel escondido. Os geofísicos Carlos Eduardo Guerra e Marcelo Marques, da UFRJ, analisando os gráficos obtidos pelo equipamento, descartam a existência de qualquer caverna nas proximidades do portal. A aura de mistério da Pedra da Gávea atraiu de cientistas a esotéricos, passando pelo cantor Roberto Carlos; o ator José Mojica Marins, o Zé do Caixão; o tecladista inglês Rick Wakeman; e o paranormal Uri Geller. Em 1952, a revista "O Cruzeiro" publicou uma das primeiras fotos de disco voador de que se tem notícia, bem ao lado da pedra. Hoje, sites na Internet difundem lendas para todos os gostos. Em 1989 foi a vez de o filme "Os Trapalhões na terra dos monstros" explorarem a suposta origem fenícia da pedra.

Em 1973, a revista "Planeta" publicou uma entrevista com o vidente Alex Madruga, que garantiu ter visto vultos que vestiam mantos de cor púrpura bordados a ouro. Anos depois, foi a vez de Uri Geller dizer que sentira vibrações na pedra, que teria sido palco de sacrifícios.

Em 1977, o escritor Erich Von Däniken, autor do best-seller "Eram os deuses astronautas?", escreveu o prefácio do livro "Mensagem dos deuses: para uma revisão da História do Brasil", do jornalista Eduardo B. Chaves, obra dedicada à Pedra da Gávea. Entre as teorias apresentadas, está a de que os descendentes dos habitantes de Atlântida - o continente perdido citado pelo filósofo Platão em um de seus "Diálogos" - teriam modelado a pedra.






Os pés da Esfinge

Se a Pedra da Gávea representa a cabeça de algum tipo de "esfinge", onde estaria o resto de seu corpo? Alguns estudiosos afirmam que o morro do Pão de Açúcar seria os seus pés.
E para aqueles que não se contentam com pouco, o pé da esfinge tem uma "tatuagem".
Quando o sol alcança o seu zênite - ao meio dia - no Rio de Janeiro, aqueles que se dispõe a olhar para o Morro do Pão de Açúcar a partir da Marina da Glória, poderão ver projetados neste morro a imagem, em forma de sombra, da Fênix, o pássaro que ressurge das cinzas. O mito do pássaro Fênix vem do antigo Egito, associado com a imortalidade.


O gigante adormecido

Diante das inscrições ditas “fenícias” que recobrem a Pedra da Gávea, o jornalista Carlos Lacerda foi até a Ilha Rasa, o local mais propício para se obter a visão total da gigantesca figura, conhecida como o “Gigante Adormecido” e afirmou: “A palavra rasa que denomina a ilha (que de rasa não tem nada), significa “de onde se vê Ra” (o gigante)”. Essa leitura coloca as inscrições petroglíficas da Pedra da Gávea mais íntimas com a civilização egípcia do que com a fenícia, como supõe a maioria dos especialistas.



“O perfil inteiro do “Gigante Adormecido” pode ser visto da ilha de onde se vê RA”. O corpo tem 20 km de comprimento deitado em berço esplêndido ao longo de sete bairros litorâneos do Rio de Janeiro: Barra da Tijuca, São Conrado, Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo e Urca.

O pesquisador Eduardo B. Chaves, após enumerar uma grande quantidade de estranhezas ligadas ao complexo do “Gigante Adormecido”, conclui: "É preciso alertar a quem de direito para o fato de uma civilização avançadíssima, talvez até extraterrestre, ter possivelmente estado no Brasil e nos haver deixado um monumento arqueológico de fazer inveja aos mais famosos do mundo". Sua tese se respalda em documentos escritos e orais. Um deles dá conta de um diálogo entre os colonizadores portugueses e os índios. - De onde vocês vieram?, indagaram os colonizadores. A resposta foi curta e inquietante: “Das estrelas".

Comparando os textos do egípcio "Livro dos Mortos" com as inscrições petroglíficas da Pedra da Gávea, que integra o complexo do “Gigante Adormecido”, Eduardo B. Chaves decodificou: “Osíris é o próprio Gigante Adormecido e o seu complexo, uma homenagem a ele ou a constatação indelével de que uma raça de seres evoluídos (super seres?) viveu aqui no Brasil, milênios antes dos portugueses”.

O pesquisador Eduardo B. Chaves informa o Pão de Açúcar possui "patas submersas". Um campeão de caça submarina relatou-lhe que viu em uma destas "patas", algumas inscrições. Elas foram traduzidas por Ladislau de Souza Melo e Neto, diretor geral do Museu Nacional do Rio de Janeiro, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e catedrático em ciências naturais:

“Somos filhos da terra de Canaã. Sobre nós pesa a desventura e a maldição. Em vão invocamos os nossos deuses. Eles nos abandonaram e assim morreremos desesperados. Hoje é o décimo aniversário do infausto dia em que chagamos a estas margens. O calor é atroz, a água é podre, o ar cheio de repugnantes insetos. Os nossos corpos estão cobertos de chagas. Ó deuses, ajudai-nos! Tiro, Sidon e Baal".



Em verdade, estamos longe de descobrir a verdade a respeito desse ícone de mistério, em pleno território brasileiro. Vejam então as diversas questões referentes a enigmas que perturbam a humanidade como um lembrete de que a verdadeira história ainda está por ser descoberta. Até que novos segredos sejam revelados, a luta para decifrar o passado do Novo Mundo, certamente continuará a ser um campo fértil para confrontos intelectuais.
Nós não sabemos, porém, elas sim. As pedras sabem, E o recordam. A escritura do passado Encontra-se em seus lábios selados E quem sabe um dia tudo nos será revelado.






Henrique Guilherme
Escritor e estudioso
Curioso a cerca dos grandes mistérios das antigas civilizações


18 comentários:

  1. Deviam proibir internet em hospício.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
      que descriminaçao e essa so porque sao loucos n podem ter internet?

      Excluir
    2. Idiota. Vá estudar.

      Excluir
  2. Realmente inquietante e convincente

    ResponderExcluir
  3. gostei de ler a tua postagem e mais ainda da passagem em que os portugueses indagam os os iídios e eles respondem...DAS ESTRELAS....demais pois somos sim filhos das estralas que já se extinguiram a bilhoes de anos atrás...

    ResponderExcluir
  4. Muito interessante,eu já sabia sobre a pedra da gávea ter uma inscrição,mas não sabia sobre o gigante e a resposta dos índios me impressionou...Sou descendente de índios...tenso.

    Parabéns pela matéria

    bjaum

    ResponderExcluir
  5. "Em 1973, a revista "Planeta" publicou uma entrevista com o vidente Alex Madruga, que garantiu ter visto vultos que vestiam mantos de cor púrpura bordados a ouro. Anos depois, foi a vez de Uri Geller dizer que sentira vibrações na pedra, que teria sido palco de sacrifícios. "

    Esses "mediuns" são conhecidos charlatões. Usá-los como referencia não valida essa matéria.

    ResponderExcluir
  6. Olá! Eu sou fã desses "mitos" pouco (re)conhecidos. Essa teoria me encanta muito e darei uma sugestão acerca dos fenícios no Brasil. Não é nada comprovado, mas é um indício bacana. Não posso ratificar a veracidade deles, mas é uma teoria deveras relevante. Procure pelo mito de 'Sumé' dos povos tupi-guaranis que tu perceberás uma relação entre a mitologia dos povos pré-colombianos/pré-cabralinos e a teoria dos povos Fenícios, no Brasil. Abraço!

    ResponderExcluir
  7. A despeito do que outra pessoas comentaram acima, eu achei seu texto mto interessante e acredito que sabemos muito pouco do mundo que nos rodeia.

    ResponderExcluir
  8. Adorei sua matéria.
    Realmente vc está certo quanto ao "livro dos mortos" egípcio e demais informações fenícias e afins.
    Essas são na verdade uma das muitas faces das misteriosas coisas que circundam nosso mundo.
    Quanto à parte de que os cientistas da UFRJ não encontraram aberturas com suas sondas de última geração, nota-se que a denominação "portal", não refere-se somente a uma "entrada" e sim e provável a uma dobra espacial (pesquisada em física quântica) que facilmente povos mais avançados que o nosso devem possuir.
    Para melhor entender assistam o filme Stargate-o portal.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Quem falou do LIVRO DOS MORTOS fui eu! Em 1975. Eduardo B. Chaves.

      Excluir
  9. A teoria da tumba fenícia,baseia-se em versões místicas da Sociedade Brasileira de Eubiose( teosófica) que as cultivou para fundamentar seus princípios filosóficos .Esta sociedade fundada em 1924 , difundiu todas as lendas que circulam sobre a Pedra da Gávea e a associou com um antigo rei fenício , citado apenas uma vez em registros históricos por Flavio Josefo e anteriormente Menandro de Efeso pelo ano 300 a.C. Este rei citado como Baldozor, filho de Ithobaal ou Jetbaal, reinou de 859 A.C. a 853 A. C., saindo do cenário conjuntamente com seu sogro o rei de Israel, Achab , morto na batalha de Karkar em 853 A.C. Baldozor , cujo nome transcrito para nossas grafias seria Baltazar e morreu com 45 anos ano 853 A. C., talvez ate na mesma batalha em que morreu Achab.
    A Gruta da Orelha acaba em um pequeno túnel que não tem mais de 4m de profundidade e termina porque o teto vai abaixando ate não ser mais possível avançar. Não chega ate o outro lado da montanha.
    As chamadas inscrições não estão nem de longe intactas , e de perto se nota que não são nada mais que buracos causados pela erosão diferenciada ao longo do tempo.E só olha-las de perto. Não tem definição de contornos e mudam de aspecto dependendo do ângulo em que a luz do sol incide. Portanto” ler” alguma coisa nelas é pura especulação.Na verdade quem quiser, lerá qualquer coisa em qualquer escrita, bastando interpretar as sombras mais para um lado ou outro.
    Em 1927 e não em 1963 como é citado em vários sites, Bernardo resolveu traduzir a” inscrição” , possivelmente a pedido do professor Henrique José de Souza , fundador da SBE e para dar mais fundamentos a sociedade teosófica ,” traduziu “ : Badezir , bar Jetbaal tiro , foenisian. (Badezir filho de Jetbaal , Tiro, Fenícia ). A Fenícia não existia com esse nome, era a terra de Canan , Tiro era uma cidade estado sem nenhuma ligação com um estado nacional fenício , que nunca existiu. Quem chamava aos fenícios de fenícios eram os gregos.Os fenícios se diziam cananeus ou cananitas.
    A versão mais coerente sobre as ânforas da Bahia da Guanabara é a de que foram colocadas por Américo Santarelli bem sucedido campeão de mergulho, para envelhecer, e ficarem mais genuínas , tinham sido feitas recentemente e seriam para decorar sua casa em Angra dos Reis ,ou ao menos foi o que contou.Para comprovar suas palavras mergulhou de novo e trouxe mais oito ânforas.
    A pesquisa feita pelos geofísicos da UFRJ , foi uma piada fundamentada em premissa sem base arqueológica nem lógica em função do local.Na verdade fizeram uso de um GPR para elaborar uma tese de mestrado brincando de procurar câmeras ocultas na rocha com um aparelho que só detectaria ate 15 m de profundidade .
    O chamado portal é uma formação muito curiosa, possivelmente não é um portal mas um nicho como há vários nos Andes, insinuando uma entrada na montanha . Tudo indica que ali caiu um grande bloco que formou esta curiosidade mas analisando vários aspectos dessa possibilidade não parece viável ter acontecido sem a participação de outros fatores não naturais. A face na Pedra da Gávea está muito bem encaixada, completando uma cabeça e é similar a outra existente em Ollantaytambo no Peru , ambas tem uns 140 m de extensão, ambas olham para o lado nordeste, possivelmente para o solstício de inverno , 22 de julho. No Peru a chamam de face de Viracocha , personagem com uma lenda similar à de Sume dos tamoios . Com certeza o mito de Viracocha,Tunupa e Sumé tem uma origem comum que se transmitiu por toda a America do Sul.E deve estar inspirado em possíveis visitantes mais avançados que possam ter chegado a America do Sul em épocas muito recuadas e trouxeram mais civilização. Que esses possíveis visitantes tanto do Mediterrâneo como da Ásia chegaram à America é uma quase certeza . Mais dados sobre o assunto em carlosgomar.blogspot.com.
    Se houver interesse sobre uma ruína pré-colombiana muito interessante em São Paulo veja : sitioarqueologicofazendapalmeiras.blogspot.com

    ResponderExcluir
  10. Retifico um erro que passou no meu texto mandado acima. Saiu que o solstício de Inverno seria no dia 22 de julho. Não , o correto é dia 22 de junho.E o dia em que o sol atinge sua maior inclinação na direção norte e inicia sua volta para dia 22 de dezembro atingir a máxima inclinação em direção sul , mas que para nos que estamos neste hemisfério se transforma em uma posição perfeitamente na vertical , acontecendo o fenômeno de que as sombras, na hora exata do ápice , em torno do meio dia desaparecem, ou são mínimas. Exatamente como acontece para os habitantes do hemisfério Norte no dia 22 de junho quando ocorre o solstício de Verão para eles.
    Esta data de 22 de junho na America pré-colombiana era o inicio do ano e muito festejada nas culturas andinas , o dia do Inti Raimi , Sendo o dia 22 de dezembro, a festa do solstício de verão, Capac Raimi. Os equinócios de inverno e primavera acontecem nos dias 22 de março e 22 de setembro. Todas estas datas devem ser levadas em conta quando analisamos monumentos pré-colombianos.E podem nos dar muitas pistas do sentido que eles pretenderam quando foram feitos. Considero que a Pedra da Gávea deve ser analisada dentro de um contexto arqueológico e etnográfico sul americano e não como um monumento fenício ou mediterrâneo, pelo simples fato de que os fenícios ou seus vizinhos nunca fizeram nada parecido na sua terra natal, mas na America do sul temos muitos similares ao Portal ou à Face. Estive 455 vezes na Pedra da Gávea e por esse motivo parece-me que sou capaz de fazer um juízo bastante aproximado sobre se ela é obra humana ou não, e de quem possa ser que.
    É preciso mudar de paradigma em relação a tudo o que tem sido falado em relação a Pedra da Gávea e que levou o caso a um total descrédito pelos meios acadêmicos brasileiros , os quais erradamente consideram que houve pouquíssima ou nenhuma interação entre as culturas dos Andes e as do Brasil pré-histórico.Nossa pré-história tem lacunas enormes onde nada sabemos. Portanto admitir que a Pedra da Gávea seja obra de um episodio puramente sul americano,não tem nada de impossível. Perdeu-se totalmente a memória do que tenha significado a Pedra da Gávea porque as populações que sabiam algo a seu respeito foram exterminadas, como os tamoios, que por sua vez possivelmente chegaram posteriormente à sua feição a esta região.Muitos monumentos sul americanos são anteriores a qualquer referencia pré-histórica que possuímos sobre eles.Temos mistérios enormes tais com quem construiu Sacsayhuaman, ou Samaipata e como conseguiram.
    Se nos iludirmos com historias místicas inventadas recentemente nunca vamos achar o verdadeiro caminho para uma solução racional. Também por uma questão de colonização cultural que viemos sofrendo desde 1500. O nosso cidadão médio , sempre que esta diante de uma incógnita arqueológica tende para explicações fundamentadas em culturas mediterrâneas clássicas ou não. O inicio da arqueologia no Brasil já no tempo do império tinha essa deformação. E o riquíssimo passado sul americano ficava sem ser considerado capaz de ser o responsável por essas realizações.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Por Obsequio amigo explique essas " Historias místicas inventadas recetemente", quais seriam elas por exemplo?!

      Excluir
    2. Concordo! nos não conhecemos nossa pre-história e smp recorremos aos estudos do hemisfério sul.

      Excluir

Os editores do blog Ab Origine têm profundo amor e respeito pelo livre pensamento e liberdade de expressão, porém respeitamos ainda mais o leitor que busca um ambiente de respeito às opiniões.

Por isso optamos por moderar os comentários, que serão excluídos nas seguintes condições:

• Piadinhas e infantilidades
• Palavrões e ofensas
• Desinformação

Todos os outros comentários serão publicados, independente da opinião do leitor.