Para aqueles que não estão
familiarizados com a lenda, Dark Side of the Rainbow (em
português, O Lado Sombrio do Arco-íris (
também encontrado na internet como The Dark
Side of the Oz) é o nome dado ao efeito criado ao tocar o álbum
conceitual do Pink Floyd The Dark Side of the Moon de 1973 simultaneamente
com o filme de 1939 O Mágico de Oz. O efeito consiste no
fato de que há diversos momentos em que uma obra corresponde a outra, seja por
parte das letras das músicas ou pela sincronia áudio-visual. O nome do efeito
vem da combinação do título do disco (The Dark
Side of the Moon seria O Lado Sombrio da Lua,
uma metáfora para ilustrar os conceitos de lado negativo
da mente e da vida) e da icônica canção do filme Over
the Rainbow (Além do Arco-Irís).
Apesar de famoso, a origem do
efeito é misteriosa, bem como as ocorrências que levaram à sua descoberta.
Em 1994, fãs do Pink Floyd discutiram o fenômeno no grupo de
discussão da banda. Naquele ponto, já não mais se sabia de quem foi a
idéia de combinar as duas obras.
Desde então, passou a ser
constantemente abordado pela cultura popular.
Em Agosto de 1995, um jornal em Fort Wayne, Indiana,
publicou o primeiro artigo na grande mídia sobre a sincronicidade. Logo após,
vários fãs começaram a criar sites aonde descreviam suas experiências,
procurando catalogar os momentos de sincronia.
- Acidental ou
planejado?
Essa combinação rendeu muita
especulação, pois de um lado a banda nega que fez seu álbum inspirado no filme,
já que na época não haveria equipamentos que permitiriam a execução do vídeo
durante as gravações, mas de outro,várias coincidências acontecem
sequencialmente durante a reprodução, mas não só durante ela.
Coincidência (ou não) O filme
original começa em preto e branco, mas quando Dorothy abre a porta da casa que
foi levada pelo tornado à terra de Oz, tudo ganha cores. Da mesma maneira, Pink
Floyd retrata na arte do álbum um prisma atingido por luz branca que se divide
nas cores do arco-íris.
Mais coincidências são
encontradas na filosofia de cada trabalho. O álbum Dark Side of the Moon
retrata a parte sombria que está dentro da mente ou mesmo da vida de cada um.
No filme, logo no começo cada personagem que trabalha na fazenda de Dorothy
mostra uma qualidade ‘oculta’ que é o que buscam os personagens que a
acompanham em Oz.
E são os mesmo atores desses três fazendeiros que fazem o
papel do Espantalho, Homem de Lata e do Leão.
No show Pulse, que contém todo o
álbum The Dark Side of the Moon, a frase “I never said I was frightened of
dying” no começo de Great Gig in the Sky foi alterada para “I never said I
was frightened of Dorothy”, e na capa do álbum ao vivo, alguns viram a silhueta
de uma mulher com sapatos vermelhos (que se vê na parte superior da íris) e de
um homem de lata (que eu acho estar entre a bicicleta e as engrenagens na parte
inferior da íris).
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Real ou imaginado, o efeito é
geralmente criado deixando pausado um CD do álbum logo no início,
iniciando o DVD ou a fita com o filme em
uma TV no mute, e despausando o CD quando o leão da MGM rugir
pela terceira vez. (Note que em algumas versões do filme o leão é colorido. O
leão em preto-e-branco é o correto para a sincronia). Deve ser posto
em loop, sendo que o disco será tocado um total aproximado de duas vezes e
meia para se encaixar com a duração do filme. Uma minoria de devotos afirmam
que despausar o CD logo no primeiro rugido produz uma sincronia mais perfeita.
A maior parte dos usuários
exploraram o fenômeno usando a cópia original ou o relançamento
de 1994 do disco. A versão de 30º aniversário, de 2003, também
pode ser usada. Note que a versão de 1994 de 20º aniversário do disco (a versão
incluída no box Shine On) contêm várias alterações
nas marcações de tempo das faixas, então essa versão não vai criar o efeito Dark
Side of the Rainbow.
Outro fator que pode afetar a
qualidade da sincronia é a versão do filme. A versão em NTSC, usada
nos Estados Unidos, dura 101 minutos, enquanto a versão em PAL, usada
na Europa, dura 98 minutos (devido ao sistema de transferência de 25
frames por segundo, ao invés de 24). A versão recomendada é a NTSC.
Alguns exemplos das coincidências entre as duas obras:
Áudio-visual
- A introdução Speak to Me muda para Breathe de
acordo com a mudança do nome nos créditos iniciais.
- Breathe muda para On
the Run quando Dorothy cai do muro.
- A cauda do cachorro Toto se move conforme os ruídos
em On the Run.
- Quando Dorothy canta pela primeira vez no filme, ela olha
para o céu enquanto são ouvidos sons de avião na música;
- Os sons de relógios na introdução de Time começam
a tocar assim que Elvira Gulch aparece na bicicleta, e cessam assim que ela
desce da bicicleta.
- The Great Gig in the Sky (“O
Grande espetáculo no céu”) se inicia assim que o tornado se
aproxima, e suas mudanças de ritmo combinam com o clima no filme.
- A música Money (“Dinheiro”) tem
início logo quando Dorothy abre a porta para o mundo de Oz, e o filme deixa de
ser preto-e-branco e se torna colorido.
- As bailarinas dançam ao ritmo de Us and Them.
- Quando a bruxa má aparece , a música fala
"black", referencia à sua roupa preta.
- Quando a bruxa má morre, escuta-se gritos do começo da
música 'Speak To Me - Breathe'.
Letras
- Tia Em aparenta dizer "leave"
("parta") para Dorothy, ao mesmo tempo em que é dito o verso
"leave, but don't leave me" ("Vá embora, mas não me deixe")
em Breathe.
- "Look around" ("Olhe ao redor") -
Dorothy olha ao redor
- "And all you touch and all you see" ("Tudo
que você toca e tudo que você vê) - Dorothy segura o braço de um do
personagens.
- "Dig that hole" ("Cave o buraco") - o
fazendeiro aponta para o chão.
- "Balanced on the biggest wave"
("Balançar-se na maior das ondas") - Dorothy se balança em um muro.
- "Share it, fairly" ("Compartilhe,
generoso") - um Munchkin dá flores para Dorothy.
- "Moved from side to side" ("Se moveram de
um lado para o outro") - os Munchkins correm de um lado para outro quando
surge a Bruxa Má do Oeste.
- "Black and blue" ("Preto e azul") -
quando é dito "black", a bruxa é vista, com sua roupa e chapéu
pretos, e quando é dito "blue" aparece Dorothy, com sua roupa azul.
- "With… without" ("Com… sem") - Em
"with", Dorothy está com Toto nos braços, e coloca-o no chão conforme
é dito "without".
- "home…home again" ("em casa…em casa de
novo") - Quando Dorothy volta para casa.
A ilustração da capa do disco se
refere ao fato do tema das músicas, que falam sobre o lado sombrio da
mente: os problemas relativos a tempo, dinheiro, solidão e,
principalmente, loucura. Muitas interpretações sobre à história original
que deu origem ao filme sugerem que todos os acontecimentos ocorridos com
Dorothy após sua casa ter sido erguida por um tornado foram alucinações por
parte da garota. Há ainda quem afirme que Dorothy teria morrido durante a
devastação causada pelo tornado, e todos os eventos na história são uma
experiência de vida após a morte - ou "lado negro" da vida.
E você? O que acha sobre isso? Seria
esse efeito de sinergia descrito, um exemplo de sincronicidade (definido
por Carl Jung), ou intencionalmente a banda realizou essa sincronia, com fins obscuros a nós? É
importante lembrar que muitos dizem que as declarações de negação da banda, poderiam ser
propositais, afinal se eles declarassem positivamente poderiam até ser até
processados pela "Metro-Goldwyn-Mayer" por uso indevido do filme, sem
autorização para tal. Realmente difícil de se responder, porém muito
impressionante de se constatar!
Confiram o álbum sincronizado com o filme nesse vídeo!
Henrique Guilherme
Escritor e estudioso
Curioso a
cerca dos grandes mistérios das antigas civilizações
parabens! otimo post. como todos os demais, sou fã deste blog.
ResponderExcluirLSD!
ResponderExcluircomo faz pra ver o vídeo no youtube?
ResponderExcluirInfelizmente, não consegui encontrar o vídeo inteiro no YouTube, Paulo. Ele foi desativado. Portanto eu fiz o download em outro site de compartilhamento de vídeo, e disponibilizei o vídeo na reportagem. Espero que tenha gostado da matéria! Abraços!
Excluirmuito massa!
ResponderExcluirMuito interessante, fiquei curioso agora! Já tinha ouvido falar nessa "lenda" mas não sabia os detalhes..
ResponderExcluirA referência a Dorothy no álbum pulse, no caso, foi obviamente explícita e proposital pela banda (marketing), então não conta.
ResponderExcluirEsse mesmo fato leva a crer que a banda não fez isso intencionalmente, pois a descoberta da coincidência se deu muitos anos após o lançamento do álbum, e se a banda estivesse preocupada com algum retorno comercial ou de auto-imagem, não fazendo sentido guardar por tanto tempo.
Na minha opinião trata-se de um exemplo de sincronicidade (conforme Carl Jung).
Eu vi o efeito e achei absolutamente incrível!
Sabe de alguma versão sem legenda e sem o audio original do filme?
ResponderExcluirA MUITO TEMPO OUÇO SOBRE ISSO?AGORA TIVE A CERTEZA QUE NÃO É LENDA.POIS SÃO VARIAS EVIDENCIAS TANTO NA LETRA DA MUSICA QUANTO NO VIDEO.MAIS PORQUE SERA?O QUE A BANDA GANHA COM ISSO?SUCESSO?SERá QUE É POR ISSO QUE O DISCO FOI O 2 MAIS VENDIDO NO MUNDO?GOSTO MUITO DO PINK FLOYD MAIS FIQUEI SURPRESO COM ISSO.A BANDA DEVERIA DIZER A VERDADE DO PORQUE?POIS SÃO FAS NO MUNDO TODO QUE QUERIAM A RESPOSTA COMO EU.LI SOBRE O AUTOR DO FILME É VI QUE O MESMO TEM RELAÇAO COM MAÇONARIA. POR QUE SERA QUE A BANDA PINK FLOYD FARIA ISSO?claudioluiz7777@hotmail.com
ResponderExcluirme digam
por que a banda pink floyd faria isso?
ResponderExcluirAdorei, amo Pink Floyd e agora gosto mais ainda!
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