Todos nós, aficionados por ufologia
e grandes mistérios, comumente voltamos nossa atenção aos relatos ocorridos em
outros países. Lugares comuns como Egito, México e EUA estão sempre presentes em
nosso imaginário. Porém acabamos por relegar fatos extremamente curiosos e intrigantes
ocorridos aqui mesmo em nosso país!
O Manuscrito 512 até hoje é um desses mistérios, sendo conhecido
principalmente por quem mora na Bahia.
Abrigado na Biblioteca
Nacional-RJ, encontra-se o documento que representa um dos maiores enigmas
arqueológicos do Brasil. Trata-se do Manuscrito 512, que contém o relato
de um grupo de bandeirantes que encontrou em meados do século XVIII as ruínas
de uma misteriosa cidade perdida no interior da Bahia. Uma civilização
arruinada em meio à selva brasileira com indícios de desenvolvimento cognitivo,
além de riquezas, e um fim desconhecido. Tal cidade nunca mais foi encontrada
desde então.
Não obstante a datação do ano de
1753, estima-se que a escritura seja realmente setecentista por determinados
aspectos relatados, seu descobrimento e noção de relevância, contudo, ocorreram
apenas em 1839. De forma um tanto irônica para com a importância do documento,
e ainda de maneira a reforçar todo o mito que envolve o objeto, o documento 512
foi encontrado ao acaso, esquecido no acervo da biblioteca da corte (então a
biblioteca nacional).
O manuscrito, muito antigo, e já
deteriorado pelo tempo, foi descoberto por Manuel Ferreira Lagos, e
posteriormente entregue ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB);
foi nas mãos de um dos fundadores do instituto que a escritura teve seu real
valor reconhecido e divulgado. Após leitura o cônego Januário da Cunha Barbosa
publicou uma cópia integral do manuscrito na Revista do Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro, com a adição de um prefácio no qual esboçava uma teoria
de ligação entre o assunto do documento e a saga de Roberto Dias, um homem que
fora aprisionado pela coroa portuguesa por se negar a fazer revelações a
respeito de minas de metais preciosos na Bahia.
- Visão Geral Sobre o
Manuscrito
Oscilando entre uma narrativa com
detalhes ora precisos, ora poéticos, o documento descreve as características da
cidade em detalhes. Os bandeirantes que saíram de São Paulo se depararam com
uma cordilheira cujas montanhas eram tão altas que “pareciam que chegavam à região etérea, e que serviam de trono ao
vento, às próprias estrelas”. A entrada era formada por três arcos de
grande altura, com inscrições que não puderam então decifrar. No fim da rua
principal, havia uma praça, onde se erguia uma coluna de pedra negra, em cujo
topo havia uma estátua de “um homem
comum, com a mão no quadril esquerdo e o braço direito estendido, mostrando com
o dedo indicador o Polo Norte.” As casas da região estavam
abandonadas, sem nenhum móvel ou vestígio de presença humana recente. Havia
detalhes que remetiam a civilizações antigas, como uma fonte e um pátio com
colunas circulares em cada uma das 15 habitações que circundavam um grande
salão.
O relato da expedição, em sua
parte mais conhecida, conta que houve quem avistasse de uma grande montanha
brilhante, em consequência da presença de cristais e que atraiu a atenção do
grupo, bem como seu pasmo e admiração. Tal montanha frustrou o grupo ao tentar
escalá-la, e transpô-la foi possível apenas por acaso, pelo fato de um negro
que acompanhava a comitiva ter feito caça a um animal e encontrado na
perseguição um caminho pavimentado em pedras que passada por dentro da montanha
rumo a um destino ignorado.
Após atingir o topo da montanha
de cristal os bandeirantes avistaram uma grande cidade, que a princípio
confundiram com alguma cidade já existente da costa brasileira e devidamente
colonizada e civilizada, todavia ao inspecioná-la verificaram uma lista de
estranhezas entre ela e o estilo local, além do fato de estar em alguns trechos
completamente arruinada, e absoluta e totalmente vazia: seus prédios, muitos
deles co mais de um andar jaziam abandonados e sem qualquer vestígio de
presença humana, como móveis ou outros artefatos.
A entrada da cidade era possível
apenas por meio de somente um caminho, macadamizado, e ornado na entrada com
três arcos, o principal e maior ao centro, e dois menores aos lados; o autor do
texto expedicionário observa que todos traziam inscrições em uma letra
indecifrável no alto, que lhes foi impossível ler dada a altura dos arcos, e
menos ainda reconhecer.
O aspecto da cidade narrada no
documento 512 mescla caracteres semelhantes aos de civilizações antigas, porém
traz ainda outros elementos alheios ou sem associação; o cronista observa que
todas as casas do local semelhavam à apenas uma, por vezes ligadas entre si em
uma construção simétrica e uníssona.
Segundo a narrativa transcrita no
documento, próximo a tal praça haveria ainda um rio que foi seguido pela
comitiva e que terminaria em uma cachoeira, que aparentemente teria alguma
função semelhante à de um cemitério, posto que estava rodeada de tumbas com
diversas inscrições.
Um objeto mencionado pela
expedição de bandeirantes, que foi encontrado ao acaso, e descrito cuidadosamente
na carta consiste em uma grande moeda confeccionada em ouro. Tal objeto, de
existência e destino incógnitos, trazia emblemas em sua superfície: cravados na
peça havia em uma face o desenho de um rapaz ajoelhado, e no reverso combinados
permaneciam as imagens de um arco, uma coroa, e uma flecha.
Pablo Villarrubia Mauso, que fez
uma expedição em busca da cidade perdida para a revista Sexto Sentido,
acredita tê-la encontrado em Igatú, município de Andaraí, em plena Chapada
Diamantina, no Estado da Bahia, seguindo orientação do explorador alemão Heinz
Budweg, que afirma que as ruínas são fruto de construções vikings do ano 1000.
Outra hipótese diferente é do linguista e explorador Luis Caldas Tibiriçá.
Segundo ele: “Alguns edifícios
assemelham-se aos da Idade Média da Etiópia. As
inscrições encontradas poderiam ser do idioma gueez, dos etíopes, os
mesmos que, em suas crônicas, falavam de terras distantes que alcançaram
com suas embarcações”.
Tibiriçá descarta a hipótese das ruínas serem antigas construções dos próprios nativos indígenas.
Alvo de muitas controvérsias, o
documento ainda gera muitas especulações. Não se sabe ao certo a origem da
cidade descrita no manuscrito, sua exata localização e quem foram seus
habitantes, nem o seu fim. Ficou apenas o relato, e algumas hipóteses que ainda
precisam ser devidamente comprovadas.
No início do século XX um
pesquisador britânico, o coronel Percy H. Fawcett, levou a cabo uma
jornada em busca da cidade de Manuscrito 512 (a "Cidade de
Raposo" , diz ele) e outra cidade principal, a “Cidade Z” (local da pretensa cidade
pré-histórica de Atlantis).
Fawcett argumentou que Z era uma cidade diferente do Manuscrito
512 , mas admitiu que havia uma possibilidade de que eles eram os mesmos. Em
1921, Fawcett começou uma viagem ao Brasil em busca de cidades, com base no
depoimento do cônsul Beare O'Sullivan, que afirmou ter visto uma cidade
semelhante ao Manuscrito 512 , próximo a Salvador.
Outro fato reforçou sua
crença de uma civilização pré-histórica de alto nível cultural: uma estatueta
com símbolos estranhos que associados aos Atlantis há muito procurados.
O explorador inglês desapareceu
na selva do Xingu, com o filho Jack e um amigo, em 1925. Eles
foram mortos pelos índios do Brasil Central ou, como sustentam alguns
esotéricos, a expedição atravessou um portal e ingressou num plano espiritual
elevado? A resposta a esta e outras dúvidas, neste caso estranho e intrigante,
ainda não temos. Aliás, questiono-me se um dia a teremos.
Clique aqui para visualizar o Manuscrito 001.
Henrique Guilherme
Escritor e estudioso
Curioso a cerca dos grandes mistérios das antigas civilizações
por favor pesquise sobre tortuga a ilha dos piratas
ResponderExcluirFacil, é só ir nós mesmos atrás desta cidade ai.
ResponderExcluirLegal man, ainda tem muita coisa pra descobrirmos.
ResponderExcluir