Neste momento, se pudéssemos dar
um zoom nas nossas mãos, veríamos um número colossal de elétrons que pertencem
ao nosso corpo interagindo e repelindo os elétrons que estão ligados aos átomos
que compõem a matéria. Ao interagirem, eles mudam algumas de suas
características elementares. Da mesma maneira, todas as partículas do ar em
contato com você estão trocando informações com as suas partículas, e as
partículas de luz emanadas pelo Sol também vão interagir com as partículas que
elas encontrarem pelo caminho. Tudo que
existe segue essa linha, até o infinito.
Contudo, nessa dinâmica existe
algo realmente surpreendente. Essas interações incessantes entre partículas, se
parecem muito com a dinâmica de funcionamento de um computador!
O que leva à inevitável pergunta:
será possível que essa coisa enorme que chamamos de “Universo” possa ser nada
mais que uma sofisticada máquina de calcular? Seríamos nós, as estrelas, os
planetas, as galáxias, os elétrons, os fótons, os prótons e tudo o mais, meros
amontoados de bits nessa imensa e aparentemente caótica salada de
processamento? É possível que essa coisa que chamamos de “existência” ocorra
meramente dentro de uma máquina? Será que o Universo, da forma como o
imaginamos, na verdade não passa de apenas uma ilusão?
- Teorias científicas
Segundo Seth Lloyd (especialista
em computação quântica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts),
o Universo é uma calculadora de última geração. Ele representaria o poder
computacional máximo possível, até onde se pode imaginar. O raciocínio vem com
um argumento que soa quase trivial: “Simplesmente por existirem, todos os sistemas
físicos registram informação” , explica. “O Universo é um sistema físico.”
E isso acontece porque, quando
alguém faz uma observação de uma partícula, acaba alterando essa partícula, de
forma que é impossível saber como ela estava antes de ser observada. Por
exemplo, um elétron, ao interagir com um fóton (uma partícula de luz, usada
justamente para sondar o elétron), sofre uma modificação em suas propriedades
originais. Ora, isso não é basicamente a mesma coisa que faz um
computador? Com seus componentes, ele processa seqüências de zeros e uns, os
famosos bits, transformando-os em outras seqüências de zeros e uns, segundo um
padrão lógico. No caso quântico, partículas interagem com outras partículas e
mudam seu estado, que pode ser visto como “bits quânticos” (ou “qubits”),
segundo uma lógica que nada mais é do que as próprias leis da física.
Para Lloyd, o Universo é
simplesmente o “computador quântico definitivo”. E, para provar que não está
falando besteira, ele submeteu um estudo à revista científica Physical Review
Letters demonstrando essa idéia. Lloyd calculou a capacidade
computacional do Universo inteiro!
Está pronto para ela? Então vamos
lá. Segundo o pesquisador americano, o Universo possui no total, à sua
disposição, 1090 bits. Se escrito em notação científica, o número não
impressiona muito, vamos tentar então do modo mais tradicional: 1 000 000 000
000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000
000 000 000 000 000 000 000.
Indo ainda mais longe, e usando
uma estimativa grosseira da idade do Universo (ele arredondou para 10 bilhões
de anos, quando o mais preciso teria sido usar 13,7 bilhões, a idade
mais aceita hoje em dia), Lloyd concluiu que o Cosmos, durante sua vida,
não pode ter executado mais que 10120 operações computacionais. Vamos poupar a coleção
de zeros desta vez; basta dizer que é o equivalente a 1 seguido por
120 zeros.
Na prática, o que esse cálculo
quer dizer é que, se uma civilização avançada quisesse simular o
nosso Universo inteiro num computador quântico, ela precisaria ter todo esse
poder computacional a sua disposição. Por outro lado, será que uma civilização avançada
precisaria simular com seu computador quântico um Universo inteiro para nos
levar a crer que estamos num Universo? Ou bastaria uma imitação que
fosse boa o suficiente?
- Simulando a realidade
A premissa ficou famosa pelo
filme de ficção científica Matrix, de 1999. Mas muitos tecnólogos, futurólogos
e filósofos admitem que não é de todo surreal que haja um fundo de realidade
(se é que estamos em condição de descrever o que é a “real
realidade”) na idéia. Nick Bostrom, do Departamento de Filosofia da
Universidade de Oxford, no Reino Unido, chega até a fazer as contas a
esse respeito. Ele diz que existe nada menos que 33,3% de probabilidade de que
estejamos todos nós imersos numa simulação de computador.
Simular o Universo inteiro até o
nível quântico é obviamente impraticável. O Universo inteiro, em todos os seus
detalhes, exigiria um computador do tamanho do próprio Universo, mas as
experiências que podemos observar, direta ou indiretamente, podem ter muito
menos detalhes, de modo que um computador com capacidade inferior à do Cosmos
inteiro seria capaz de simular. Apenas o que for necessário para garantir que
os humanos simulados, interagindo de formas humanas normais com seu ambiente
simulado, não notem nenhuma irregularidade Por exemplo, a estrutura
microscópica do interior da Terra pode ser omitida com segurança, objetos
astronômicos distantes podem ter representações altamente compactadas e assim
por diante.
- Dimensões em buracos negros
Sabemos que o Universo evolui
numa marcha que vai de estados mais organizados (como estrelas e galáxias) para
estados menos organizados (partículas elementares diluídas uniformemente pelo
vácuo). É por isso que os cientistas dizem que a entropia (medida de
desorganização) aumenta com o passar do tempo. E os buracos negros – objetos
tão densos que nem a luz escapa de sua gravidade –, como são isolados do
mundo exterior pela intensa força gravitacional, são tidos como os objetos
mais entrópicos que existem. No entanto, cálculos com as teorias atuais mostram
algo estranho: quando eles engolem matéria ao seu redor, sua entropia
cresce proporcional à superfície do chamado horizonte de eventos – fronteira
que delimita o ponto a partir do qual nada mais conseguiria escapar
do buraco negro, nem mesmo a luz.
Simplificando, é possível
codificar toda a informação presente no volume do buraco negro em sua
superfície, sem uma terceira dimensão. Isso é exatamente a mesma
coisa que acontece quando criamos um holograma!
Como em um decalque ou cartão de
crédito com um holograma colado, ao mudarmos o ângulo em que observamos,
percebemos que há codificação de informações tridimensionais – você pode
enxergar o que está “atrás” do objeto, ou ver partes do objeto que não eram
visíveis de outro ângulo. No entanto, sabemos que o holograma é bidimensional –
afinal, está apenas impresso numa folha.
Agora, se os buracos negros podem
ser interpretados como hologramas, por que não todo o resto? Foi a pergunta
que se fizeram o físico holandês Gerardus ‘t Hooft e o físico americano Leonard Susskind, quando
desenvolveram o chamado princípio holográfico.
A grande idéia por trás
dessa viajem toda é que, na verdade, todos nós podemos então simplesmente estar
vivendo no horizonte de eventos de um buraco negro. Pior ainda: na forma de
hologramas!
- Moldando o Cosmos
"Não existe o
que chamamos de 'matéria', toda matéria surge e existe apenas em virtude de uma
força que leva as partículas de um átomo a vibrar e manter equilibrado esse diminuto
sistema solar que é o átomo. Temos de aceitar a existência de uma mente
consciente e inteligente por trás dessa força. Essa Mente é a matriz de toda a
'matéria“.
- Max Planck [Criador da Física Quântica]
- Max Planck [Criador da Física Quântica]
A solidez do mundo parece
inquestionável, assim como seu corpo e seu computador parecem ser coisas fixas
que você pode ver e tocar, mas o que vem sendo discutido desde os tempos de Einstein com
o nascimento da física moderna, é o fato dessa solidez ser uma miragem.
O físico nuclear Ernst
Rutheford realizou uma experiência em Manchester que revelou a forma
interior do Átomo. Os cientistas ficaram surpresos quando descobriram que
o átomo é praticamente um espaço-vazio. E daí surgiu uma pergunta intrigante
para a "razão" da ciência ortodoxa: "Como é possível um átomo
vazio formar o mundo sólido que nos rodeia?"
Outro fato importante é que os
elétrons orbitam em volta do núcleo, mas eles nunca se encostam. Assim, você
nunca encostou em nada na sua vida! Isso pois os elétrons que orbitam
o átomo se repelem (cargas iguais se repelem e o elétron é uma
partícula negativa), logo o que você sente é nada mais que impulsos
elétricos que trafegam em nosso sistema nervoso em direção ao cérebro, que
decodifica esses impulsos.
É como se toda 'matéria física',
ou seja tudo a nossa volta, fosse resultado de uma vibração, uma frequência! Isso
significa que se você alterar a frequência, a estrutura de matéria também vai
mudar. Nós vivemos em um Universo holográfico, e em um holograma cada
pequena parte é um reflexo do TODO. Por exemplo, o átomo e o sistema
solar, e podemos ainda ir mais além, pois uma galáxia se comporta da
mesma maneira e também possui uma Singularidade em seu centro. Quanto mais
perto do núcleo de uma galáxia, mais Radiação/Luz existe, sabemos que no
centro de uma galáxia existe um enorme Buraco Negro.
Isso nos leva a teoria de Nassin
Haramein, onde no núcleo de cada átomo há um "mini Buraco Negro", se lembrar
que no núcleo do átomo há o Próton e o Nêutron "lutando"
para se equilibrarem, percebemos que a Singularidade é o equilíbrio
entre as polaridades, ou seja, matéria e antimatéria, vibração e a não vibração
ou caos e harmonia co-existindo.
O espaço que pensamos ser o
"vazio” (éter) é na verdade um elemento básico para a estrutura perceptível
da existência. Ele é maleável e pode ser moldado pela INTENÇÃO. Isso significa
que a realidade é então formada pela nossa Consciência. A consciência é a
única que cria e modela a realidade individual e coletivamente, essa
consciência emana da Singularidade (ou Buraco Negro) de cada ser humano.
- Pensamentos criando realidade
Segundo algumas vertentes
crescentes, o pensamento é vibração, assim como as nossas emoções. É a
consciência se manifestando num "caos"(estrutura de espaço e
tempo) criado para gerar experiências. O universo então é um reflexo da nossa
consciência coletiva que cria constantemente sem cessar, respeitando as
"leis dos estados vibratórios”.
Toda essa realidade e as suas 4
dimensões (Altura, largura e profundidade = Espaço e mais Tempo) é percebido
por nossos 5 sentidos(visão, audição, olfato, tato e paladar) que por sua vez
são todos apenas sinais elétricos interpretados por nossos cérebros. Assim,
podemos afirmar que TUDO que chamamos de realidade são sequências especificas
de códigos que montam esse Holograma de Tempo e Espaço.
A psicologia moderna hoje
já sabe que as únicas emoções que nós sentimos é amor ou medo,
todo resto é derivado desses dois, como a nossa raiva que nada
mais é do que um ato de medo, ou amor reprimido, uma sensação de impotência
perante uma situação que não se tem 'controle'. Desta forma, não é loucura
pensar que nossas emoções afetam diretamente a estrutura desse holograma, assim
como a nossa percepção da realidade.
A realidade é um holograma
controlado pela vibração de consciências e nós estamos literalmente ajudando a
criar o futuro com a sua corrente de pensamentos. Desde o nível sub-átomico, a
realidade se comporta de acordo com a expectativa do observador (que somos
nós), porque o observador é a consciência em sua forma mais pura, sendo a
consciência que molda o universo todo.
Onde é que a ilusão
termina e a realidade começa? O que é o Universo e a consciência?
Qual o propósito disso tudo? Essas são perguntas que se somam às outras para
questionar racionalmente a certeza, tão embutida em cada um de nós.
O funcionamento do universo de
tempo e espaço vai muito além da lógica convencional que estamos acostumados e
que podemos ver com os nossos sentidos e só estamos começando a arranhar a
superfície do conhecimento real. É preciso se abrir para todas as
possibilidades, alcançando outros níveis de abstração, a fim de
compreender esse lugar tão bizarro e imprevisível chamado Cosmos.
Essas questões, tão fascinantes
ou perturbadoras como podem parecer, são extremamente controversas. Literalmente,
ao final de tudo, a realidade está nos olhos de quem vê.
Henrique Guilherme
Escritor e estudioso.
Curioso a cerca dos grandes mistérios das antigas civilizações
De acordo com algumas ideias espiritualistas,o universo material é apenas uma cópia imperfeita do universo espiritual,que sobrevive e pre-existe a tudo.
ResponderExcluirEmmanuel,um dos mentores espirtuais de Chico Xavier,um dos maiories médiuns do século XX,uma vez afirmou que a Físca Quântica,inexoravelmente desebocará no imenso delta da realidade espiritual,mesmo que indiretamente e comprovará a máxima descrita acima,pelo físico Max Planc:
"Temos de aceitar a existência de uma mente consciente e inteligente por trás dessa força. Essa Mente é a matriz de toda a 'matéria“.
Em suma:
O pensamento é,e sempre será uma força criadora e imortal de todo universo.
Realmente, esse texto vai de encontro a tudo que estudei até hoje no Espiritismo e também no espiritualismo em geral. Isso me transmite uma agradável sensação de que estamos no caminho certo, embora ainda um tanto desconhecido. Parabéns mesmo pelo conteúdo.
ResponderExcluirÓtimo post!
ResponderExcluirHá pouco tempo comecei a estudar a base da Física Quântica, paralelamente a "ciências ocultas", e sem dúvidas não existe prazer no mundo como o da caminhada para o conhecimento.
"Literalmente, ao final de tudo, a realidade está nos olhos de quem vê". E, infelizmente, o mundo está cego!
Parabéns pelo trabalho de vocês!
Parabéns, não só por este post, mas pelo blog!
ResponderExcluirJá li inteiro e sempre procuro saber se vocês postaram algo novo.
Obrigada pelo conhecimento repassado.
Quanto a ideia do universo ser um grande computador de última geração...eu confesso que muitas vezes eu pensei: se tudo não estaria acontecendo NA MENTE DE DEUS! Isso explicaria o fato Dele saber tudo, estar em todo lugar, poder fazer qualquer coisa. Ótima matéria para refletirmos. Abraços!
ResponderExcluirExcelente post!! Embora muitos neguem ou se recusam a entender, acredito que é possível mesclar elementos religiosos e filosóficos com a ciência: pelo menos para mim, é fantástico!!
ResponderExcluirÉ mole ou ker mais?...Pior ke faz sentido isso daí..
ResponderExcluir... Ainda acho o ser humano muito prepotente em relação a posição no ou neste universo. O maior diferencial alcançado em relação aos outros seres foi a nossa consciência em relação ao universo, ou seja, sabemos que ele existe, mas a partir deste momento os fatos mostram que não vamos estar aqui por muito tempo. De qualquer forma será graças a Deus.
ResponderExcluirMatéria excelente que nos leva a meditar e concluir que tudo isso tem muita lógica. Parabéns a todos que se debruçaram em profundas pesquisas em prol de todos nós.
ResponderExcluirMuito boa a matéria. parabéns
ResponderExcluir